Vieste!
Maravilhosamente sorridente,
segura em seus passos,
dona de si.
Por mera formalidade,
recusou-se a entrar
na minha pequena,
porém, acolhedora casa de madeira,
que prego a prego,
tábua a tábua,
eu mesmo a construí
em volta do lago, só para recebê-la.
Pois bem Seu moço acredite:
Ela maquinalmente
bateu continência,
deu meia volta
e foi embora,
ainda vestida de noiva,
sem ao menos olhar para trás.
Agora me diga a verdade Seu moço!
Olhando bem no fundo dos olhos
desse infeliz e recém casado:
É ou não é,
esse um bom motivo
pra esse sertanejo
virar cangaceiro,
e correr atrás
das raparigas nos cabarés?
Edinaldo Abel
Edinaldo Abel/Recanto das Letras
Um comentário:
A poesia está muito boa e com grande criatividade. Parabéns.
obs. Claro que não é para andar atrás de raparigas de cabarés e nem virar cangaceiro!...
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