sábado, 7 de março de 2015

Despedida

Não sei se você pensa,
o mesmo que estou
pensado agora.

Essa chuva que lava
a minha janela,
traz-me lembranças
de outrora.

Nossos corpos enroscados nos lençóis;
Porta entreaberta,
quarto a meia luz,
o seu lingerie jogado no estofado,
minha camisa esquecida,
sobre um piso cinza listrado
com riscos cor de giz.

Fomos cúmplices
dos mesmos erros,
adeus, até nunca mais.
Vou sair por essa porta agora,
e esquecer que um
dia fomos amantes.

Feche a porta quando sair,
e jogue a chave por debaixo da porta,
não volte, e eu não te procuro mais.   


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

Nenhum comentário:

Postar um comentário