segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O Poeta

O Poeta é um pássaro,
leve ele voa livremente
pelo céu azul.

Cruza cidades inteiras,
rios e oceanos
de Norte a Sul.

Livre ele sonha,
ama, sofre e perdoa.

Leve ele nasce,
Escreve
Cresce
Livre ele bate asas e voa.

O seu ninho é de letras,
em segundos ele se faz homem
e pássaro no corpo de uma pessoa.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sábado, 6 de dezembro de 2014

R.R

O rato sorria
contente
na beira do rio
olhando a sua imagem refletida
nas águas claras do rio.

Sorridente
de boca escancarada
mais que contente
o rio corria alegremente
refletindo o rato nas suas águas transparentes.

Corria feito menino
contente
inocente.

Rato e rio
sorriam
um para o outro
alegremente.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 30 de novembro de 2014

Aquele velho vinho

Ontem eu bebi
daquele velho vinho
pela primeira vez.

Ainda tenho o gosto
adocicado dele em minha boca,
que bem que ele me fez.

Aquele velho vinho,
bem que você me disse:
Não tem ninguém no mundo
que dele prove,
que não queira provar outra vez.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 16 de novembro de 2014

Separação

Por falta de aviso não foi!
Eu te falei que saudade machuca,
que o coração não desiste nunca,
e que enquanto tiver
um fiozinho de esperança
lá no fundo do poço,
por mais fino que seja,
só por isso ele ainda pulsa.

O amor tem dessas coisas
que invade a alma,
que mete medo,
mas que também acalma.

Eu te falei que saudade machuca,
e dói, dói muito.
Mas o coração ainda pulsa,
não adianta agora procurar
saber de quem é a culpa,
se já não dividimos mais o mesmo teto,
e o nosso caso acabou sem maiores perguntas.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sábado, 1 de novembro de 2014

Azul

O mundo que se abre agora
em minha frente é azul!
Azul da cor do mar,
azul como a felicidade,
azul da cor do céu.
Azul! Como em nossos melhores sonhos azuis.
Azul da cor de teus olhos,
[que não são azuis,
mas que quando eles me fitam,
reluzem em todas as cores.
E este mundo tão seu,
que agora você me abre as portas é azul!
Mas não qualquer azul,
azul no mesmo tom de azul
que o poeta enxerga poesia.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 12 de outubro de 2014

Caminho

Eu não quero escutar
as suas desculpas,
cansei de perdoar você
pelos erros que faz.

Não adianta implorar,
fazer cara feia,
que eu não vou mudar
minha opinião.

O caminho é você quem faz;
Mas parei de querer te ajudar,
pois nem mesmo você
sabe aonde quer chegar.

Vai!
Segue em frente,
mas vai só;
Por que esse negócio
de querer ser Deus é coisa muito séria,
e eu não sou mais que um grão de areia
diante da grandeza do universo.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 28 de setembro de 2014

Teus olhos

Os olhos negros e nus,
olhavam para mim;
Famintos!

Queriam devorar-me,
naquele instante;
Sem pressa!

Quando você sorriu,
Eu percebi que já era minha,
que era tudo amor,
e não tive medo.

Entreguei-me a Ti de boa vontade,
com o desejo
que os teus olhos queriam-me.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 14 de setembro de 2014

Vai

Mude
Ouse
Abuse,
Fique mudo se puder.

Cante
Dance
Lance,
Fora tudo que quiser.

Fale
Cale
Atrapalhe um pouco,
o sonho de nós dois.

Viva
Siga
Em frente
Sorria
Pra não se arrepender depois.

Eu acho que já sei,
um pouco de você,
pra te dar conselhos.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 7 de setembro de 2014

Abraço

Fica comigo esta noite,
sem perguntar o porquê;
Sei que é um pouco tarde,
pra eu me arrepender do que fiz.

Fui palhaço,
fiz papel de bobo;
Mas não tive a intenção
de magoar você.

Eu preciso tanto de um abraço;
Mas não de qualquer abraço;
Preciso de um abraço,
que tenha o teu nome,
o teu cheiro,
a tua cor,
o teu calor.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 31 de agosto de 2014

Encontro

Eu aqui, você neste lugar;
Essa brisa, essa lua, este mar.
Nossa música tocando,
é um convite pra dançar.

Teu olhar de encontro ao meu,
cruzaram em pleno ar
fazendo-nos levitar por este bar.

Teu perfume
aproxima-me de você,
não tenho mais como voltar.

Esta dança nos enrosca de alegria,
enquanto os nossos corações apaixonados,
vão saltitando sem parar.

A lua e o mar são testemunhas,
que saímos de mãos dadas pela beira-mar,
cantando alegremente sem parar.

Prometi que nunca mais
vou beber vinho,
que é pra nunca mais me apaixonar.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sábado, 23 de agosto de 2014

Ponto final

Ponto final!
Agora é melhor
todo mundo saber,
que essa nossa história
emplacou pra valer;

Não vamos confundir
emoções com prazer,
chega de achar,
que isso tudo é normal;

A nossa relação é sucesso,
é fogo total,
vamos viver de uma vez
nossa vida;
Ponto final.



Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 17 de agosto de 2014

Teu olhar

Veio forte veio,
como um vendaval,
voando baixo,
pelo meu quintal.

Veio forte veio,
pra me aquecer,
pra me dar motivos,
pra não te esquecer.

Pousou em mim,
era o teu olhar pidão,
veio pra ficar,
veio pra marcar,
esse tempo bom,
bom pra te amar.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sábado, 9 de agosto de 2014

Como que fosse eu

Como que fosse eu
você se cala,
pensa, pensa, pensa...
da voltas,
finge que vai embora,
mas volta,
e nada fala.

Como que fosse eu
você quer falar,
sabe que precisa falar;
Mas como que fosse eu,
diante de mim,
você senta e nada fala.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 27 de julho de 2014

Preguiçoso

Vi o sol nascer,
de manhã cedo,
no silêncio,
por de detrás dos montes,
além do horizonte,
fazendo forças pra me aquecer.

Tão frágil,
tão fraco,
tão preguiçoso eu estava
que nem da cama eu levantei.

E o sol silencioso,
tão rei,
passou pela minha janela,
eu tão preguiçoso,
nem da cama levantei.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 20 de julho de 2014

Ela

Quando ela passa por mim,
lança o seu olhar sobre mim.
A minha timidez não tem fim,
ai meu Deus
porque é que eu sou assim?

Por onde ela passa levanta cartaz,
eu gosto desse jeito dela demais.

Durmo e acordo pensando nela,
mas parece que isso
ainda é pouco pra ela.

Ai, ai, ai, ai,
basta eu escutar a voz dela,
coração que já é bobo acelera.

Cadê aquela foto nossa
que você tirou?
Cadê aquele beijo
que você me roubou?

Ai, ai, ai, ai,
basta eu escutar a voz dela,
coração que já é bobo acelera.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

terça-feira, 1 de julho de 2014

Pouco caso

Você se foi,
deixou a saudade pra mim,
como que a nossa história
já tivesse um fim.

Nenhum recado deixou,
esperei ligar,
e não ligou.
Fez pouco caso de mim.

Não sei
se dei motivos,
ou se foi você
quem quis assim.

Só sei que agindo assim,
você fez pouco
caso de mim.

Você fez,
pouco caso de mim.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Notícia boa

A vida é
uma notícia boa,
felicidade
ou uma coisa assim.


Faz tempo,
eu deixei de ser
aquele garoto
a toa.

Que você criticava
o meu português
ruim.

Nem sempre
é possível agradar
todas as pessoas,
certamente você
também pensa assim.

Eu só quero
que você entenda,
que a vida é
uma notícia boa,
felicidade ou uma
coisa assim.

Uma notícia boa
ou coisa assim.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Felicidade

Vai
que a vida
vai melhorar.

Vem
que no carnaval
da vida
você sabe sambar.

Ninguém
melhor que você
pra esse
samba puxar.

Canta, e faz
um mundo
inteiro acordar,
que a vida
vai melhorar.

Amar,
cantar,
encantar
e cantar.

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 1 de junho de 2014

Poema da criação

Caía
um pingo de chuva
no chão,
e inundava
a terra inteira.

Que não era
mais que um grão de areia,
no meio da escuridão.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 25 de maio de 2014

Mariposas

Relaxo
e te perco
de um jeito
que eu não sei por quê.

Sou mariposa
perdida
no meio da noite
procurando a minha luz
que é você.

Que bom!
Tive a sorte
de te reencontrar,
agora não quero
partir sem você.

Mariposas, mariposas, mariposas
que voam em volta de mim
nenhuma é mais bela
que você.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 27 de abril de 2014

Quero você



Eu quero você
pra mim!

Eu quero você,
na minha vida.
Eu quero poder
encontrar com você na saída.

Eu quero você,
no meu caminho.
Eu quero poder,
ter você no meu ninho.

Espero você
na minha canção.
Canto e te abro um espaço,
no meu coração.

Eu quero você,
na minha vida.
Foi bom te encontrar,
mas não quero despedida.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Entardecer

O céu se abria em três,
belas cores
azul laranja branca.

No silêncio
do final de tarde
onde os Deuses
guardavam as chaves do infinito.

Você sorria pra mim
na certeza
de que aquela paisagem
havia sido desenhada
pra nós.

Saltamos juntos
livres na imensidão do céu
e voamos
feito passarinhos
sem saber que tínhamos asas.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

domingo, 13 de abril de 2014

Mãe

Bebeu
bebeu
e bebeu.

E passou a noite inteira
bêbada.

Na manhã seguinte
amou como ninguém,
e sorriu com doçura,
e abraçou os filhos
com ternura,
como nunca antes havia feito.
E em prantos agradeceu,
por ainda estar viva.

E prometeu
por seus filhos
nunca mais beber.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Rotina



A minha janela abre-se,
depois se fecha,
torna-se a abrir
e fechar novamente.

O dia inteiro
nesse abre e fecha.

Janela esperta,
que não para
quieta,
e que eu acho que me detesta.

Quanta gente na minha janela,
pensando bem,
eu já me acostumei
com elas.

É tanta gente,
que sinto falta delas
quando não estão
na minha janela.

Janela esperta
que me abre portas,
fechada é tão quieta,
Não!
Não acho que me detesta.

(Poema dedicado a minha amiga Celeste)
 

Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Edinaldo Abel/Recanto das Letras