sábado, 15 de dezembro de 2012

DIA DE FESTA


Era um entra
E sai de gente
Tinha gente por
Toda parte.

Era uma correria
A casa estava cheia
Tinha gente bonita
Tinha gente feia.

Cada mulher no seu lugar
As bonitas no sofá
As feias nas cadeiras.

O povo ia chegando
A casa cada vez mais cheia
Era dia de festa
Tinha gente bonita
Tinha gente feia.

O compadre elogiava o primo
Tia Anastácia falava
Coisa feia.

Zé pezão era só insulto
Mexia com um
Mexia com outro
Arrumava intriga até na cadeia.

Maria fofinha agradava
Um, agradava outro.
Devagarzinho arrumava
A ceia.

Cada vez chegava mais gente
Gente bonita e gente feia.

Vinha gente de longe
E vinha gente de perto
Todo mundo
Esperando a ceia.

De tudo se conversava
E das bobagens que se escutava
Até cachorro torcia o nariz
Fazendo cara feia.

Quando a festa acabava
A casa silenciava
Gente bonita ia embora
Só ficava gente feia.


Com a gratidão de sempre,
Edinaldo Abel

Um comentário:

ernani-fotografias disse...

A poesia fala de uma festa, onde é comum as pessoas comentarem diversos assuntos.
Se formos analisar, parece mesmo que até os cachorros, participam de taes festas.
Pena que não estamos, no tempo em que os animais falavam, como é contado nas estórias infantis.
-Apreciei muito a poesia, ela foi criada com muita imaginação, e gostosa de ler.
Parabéns meu amigo.

abraços Ernani

Postar um comentário